terça-feira, 16 de junho de 2009

CineOP! de 18 a 23.

CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto exibirá este ano 71 filmes - longas, médias e curtas digitais e em película- em 31 sessões distribuídas por três diferentes espaços da cidade. www.cineop.com.br/

Resumindo o release do evento, mais informações podem ser visualizadas no www.cineop.com.br/

4ª CINEOP LEVA A OURO PRETO 71 FILMES, DESTACA CLÁSSICOS DA DÉCADA DE 70 E HOMENAGEIA A ATRIZ ZEZÉ MOTTA
Publicada em: 03/06/2009


Chegando à sua quarta edição e integrando o calendário oficial do Ano da França no Brasil, a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto exibirá este ano 71 filmes - longas, médias e curtas digitais e em película- em 31 sessões distribuídas por três diferentes espaços da cidade. Como pioneira no circuito de festivais a destacar em sua programação o patrimônio fílmico brasileiro através de exibições de clássicos de nossa cinematografia e de obras restauradas, a 4ª CineOP abre suas portas e telas este ano para a produção histórica dos anos 70, quando o cinema brasileiro conheceu seu maior sucesso junto ao público.

Dentro da vasta produção do período, a 4ª CineOP irá focar a representação das Mulheres dos Anos 70, sem deixar de discutir a conquista do mercado pelos filmes brasileiros no mesmo período, seja através da Embrafilme, que viveu sua época de ouro no final dessa década, seja através das estratégias da Boca do Lixo. No contexto dessa temática, a CineOP homenageará um dos maiores símbolos femininos do cinema dos anos 70: Zezé Motta (Cantora, atriz e ativista da causa negra e feminina), cujo maior sucesso, Xica da Silva, será o filme de abertura do evento. Filmes como A Dama do Lotação, de Neville d’Almeida, e Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto, – ambos igualmente presentes na programação da CineOP – também mostravam a mulher em pleno domínio da situação e do poder de sua sensualidade. .... (mais detalhes no site)

Mas nem só de mulheres foi feito o cinema brasileiro dos anos 70. Se esses três filmes estão entre as maiores bilheterias da década, tendo levado juntos aproximadamente 20,5 milhões de espectadores aos cinemas, a Mostra de Ouro Preto também exibirá outros exemplares do sucesso de público da produção daquela década, seja em superproduções como A 300 km por Hora, de Roberto Farias, ou em um recorte da diversidade e criatividade da produção da Boca do Lixo, como A Ilha dos Prazeres Proibidos, a maior bilheteria da carreira do cineasta paulista Carlos Reichenbach. A produção de cunho mais abertamente política e social também estará presente, em uma sessão especial de curtas restaurados dos cineastas João Batista de Andrade e Wagner de Carvalho.

Já a produção contemporânea de longas e médias está toda focada nos documentários. Serão sete filmes inéditos no circuito comercial: os médias Alphaville, de Luiza Campos, Noiva do Cordeiro, de Alfredo Alves, Já Me Transformei em Imagem, de Zezinho Yube, Notas Flanantes, de Clarissa Campolina, Diário de Aquário, de Luiz Carlos Lacerda, Minami em Close Up – A Boca em Revista, de Thiago Mendonça, e Lingston Perli Cherlie, de Bernard Belisário, além dos longas Um Homem de Moral, de Ricardo Dias, e Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski, eleito Melhor Documentário Brasileiro no último Festival É Tudo Verdade e que encerra a programação da 4ª CineOP.

“Todo festival hoje lida com um mundo de documentários e uma escassez de boas ficções. Na seleção da 4ª CineOP, temos um pouco de tudo que move o documentário brasileiro atualmente: arte, História, espaços, índios e uma comunidade específica. Há narradores, observacionais, entrevistas, primeira pessoa. São nossa arte e nossa História, pelas perspectivas individuais principalmente, mas sem abrir mão das conexões com o que está para além dos indivíduos”, destaca Cléber Eduardo, responsável pela seleção de longas e médias do desta edição.

Já a programação de curtas será dividida em sete séries, entre digitais e películas. Entre os filmes selecionados pelos críticos Rafael Ciccarini e Tatiana Monassa estão curtas premiados como Superbarroco, de Renata Pinheiro (Melhor Curta no Festival de Brasília, CinePE e exibido no último Festival de Cannes); Muro, de Tião (premiado no Festival de Cannes 2008); Saltos, de Gregório Graziosi (Melhor Curta Latino-Americano no Festival de Mar Del Plata); e JLG/PG, de Paolo Gregori (exibido no Festival Internacional de Curta de Hamburgo).

Como parte dos eventos da programação do Ano da França no Brasil, a 4ª CineOP também abre espaço em sua programação para um evento especial. Marco Pereira das Neves, Celine Benezeth e Máxime Roman trazem a Ouro Preto o projeto Le Rendez-Vous du Sam’di Soir, que consiste da exibição de três clássicos curta-metragens franceses – Sur un Air de Charleston (1926) e La Petite Marchande d’Allumettes (1928), de Jean Renoir, e Entr’acte (1924), de René Clair – com acompanhamento musical ao vivo, em uma sessão que remete à tradição do cinema mudo do início do século XX e que já foi realizada com sucesso em diversas cidades francesas.

Completando a programação de filmes, a já tradicional Mostrinha de Cinema (dedicada ao público infantil) exibirá os filmes Tainá – Uma Aventura na Amazônia, de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch, O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes, de Walbercy Ribas, e Pequenas Histórias, de Helvécio Ratton, enquanto as Sessões Cine-Escola entram nas comemorações do Ano da França no Brasil e exibem o longa francês Entre os Muros da Escola (Melhor Filme no Festival de Cannes 2008) ao lado de Houve Uma Vez Dois Verões, de Jorge Furtado.


Além da exibições de filmes em pré-estreias nacionais e retrospectivas, oficinas, seminário, debates, Encontro Nacional de Arquivos, a 4ª CineOP reúne e promove também uma programação intensa e gratuita de outras manifestações da arte – cortejo, exposição, artes plásticas, lançamento de livros e shows.


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A 4ª CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto ocorrerá de 18 a 23 de junho com exibições em três espaços da cidade – o Centro de Convenções, onde será instalada a sede do evento e o Cine-Teatro (500 lugares); a Praça Tiradentes, com o Cine-Praça (1000 lugares) e o precioso Cine Vila Rica (500 lugares), fundado em 1957 e, ainda hoje, uma referência entre as salas de exibição que resistiram ao tempo no interior de Minas Gerais.

Toda programação é oferecida gratuitamente ao público

Informações para o público:
(31) 3282.2366 – Universo Produção site oficial: www.cineop.com.br