Tunico que, abençoado por Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, enobrece a eterna Vila Rica através de seus belos e lindos riscos. Traços captados pelo olhar de quem vive e sente a poesia latente do alto das nossas construções. Tunico, chará de outro Tunico, o nosso Antônio Francisco Lisboa, desfila estilemas em nome de um grito de salvaguarda: o zelo. A telha que outrora de olaria inebriante nas pernas das mulatas. Hoje tem, no pincel poético do Tunico de Ouro Preto, o seu momento protagonista. Resta a nós, coadjuvantes do olhar e do sentir, a necessária ação de ser mais dos telhados. Dos telhados que dizem não ao laranja, que em detrimento à cor do antigo, atordoa os sentidos do artista. Dos telhados que instigam Tunico a manter no escorrer da sua tela a necessidade da lembrança. Lembrança em forma de telhado, ou melhor, em forma de trejeitos Tunicanos. Homem de Alma inquietante, artista jacuba em uma Ouro Preto viva e também mocotó, uma Ouro Preto atenta e já costumeira com o seu riscado. Viva o nosso Tunico dos telhados de Ouro Preto. Texto: Chiquinho de Assis
De 25 de Maio a 04 de Julho - 19h30min Centro de Cultura Afro Casa do Alto da Cruz Sala Chico Rei - Rua Padre Faria, 14 - Alto da Cruz
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foto: Pintura do Artista Tunico dos Telhados (Ronald Péret)
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