Primeiramente o aniversario é amanha, mas hoje fazem 90 anos da morte do ouro-pretano autor do hino da cidade de Mariana, Alphonsus de Guimaraens (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 - Mariana,
15 de julho de 1921)

Mariana e alguns fatos: Foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. Foi no século XVII uma das maiores cidades produtora de ouro para a coroa Portuguesa. Vale lembrar que Mariana tornou-se a primeira capital de Minas Gerais por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.
A origem da cidade remonta ao final do século XVII, época em que bandeirantes paulistas chegavam à região em busca do ouro. A designação de Mariana veio mais tarde, em homenagem à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Em 8 de abril de 1711 o governador António de Albuquerque criou no arraial do Ribeirão do Carmo, a vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, confirmada por Carta Régia de 14 de abril de 1712 com o nome mudado para Vila Real de Nossa Senhora mudará de nome outra vez em 23 de abril de 1745 para Cidade Mariana, homenagem do rei D. João V de Portugal a D. Maria Ana de Áustria sua esposa.
O governador, em cerimônia, escolheu o lugar da praça pública, no seu centro o pelourinho, símbolo da autonomia administrativa recém-adquirida. Nos dias seguintes, os «homens bons«, cheios de dinheiro e mulheres se reuniram para a eleição da Câmara e a nomeação de diferentes oficiais municipais.

Curiosidade: O hino da cidade de Mariana, escrito em 1911, possui letra do poeta neo-romântico/simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 - Mariana, 15 de julho de 1921) e melodia composta por Antônio Miguel.
Hoje 90 anos da morte autor da letra do HinoHino do Município de Mariana
No seio dolente das
idas idades
Em meio ao silêncio, fiquei a sorrir...
A Deusa de outrora só tinha saudades,
Chorando o passado, esperando o porvir!
Entre os coros das litanias
Que vêm do céu, na asa do luar,
Vivo de mortas alegrias,
Sempre a sonhar, sempre a sonhar
Quem é que me vem perturbar o meu sono De bela princesa no bosque a dormir?
Que há muito caiu sobre o solo o meu trono,
Que era emperolado de perlas de Ofir!
De estrelas o céu sobre mim recama; Há luz no zênite e clarões no nadir...
O campo auriverde da nossa auriflama,
É todo esperança: esperei o porvir!
Agora bem sinto, no peito, áureos brilhos; De novo me voltam as perlas de Ofir...
Aos doces afagos da voz dos meus filhos, Mais belas que outrora, eu irei ressurgir!
Ensaio
"idas idades" para Mariana - Imagens
"Visões de Minas" por Ronald Peret


