sexta-feira, 16 de junho de 2023

O Pico do Itacolomi

Foto: podem levar/copiar/compartilhar/imprimir só creditar para a fotografia para Ronald Péret @ronaldperet 

O Pico do Itacolomi é uma formação rochosa localizada na divisa dos municípios de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais, no Brasil. Possui 1 772 metros de altitude. De origem tupi, o termo "Itacolomi" significa "menino de pedra", através da junção dos termos itá (pedra) e kunumĩ (menino) Para os índios, o pico era visto como o "filho da montanha". É fácil perceber isso: uma pedra maior, com outra menor ao seu lado.

Foi o marco para localização das minas de ouro pelos bandeirantes na região. Graças à visão proporcionada pelo Pico do Itacolomi, o bandeirante Antônio Dias de Oliveira conseguiu localizar o Vale do Tripuí, em 1698. O pico foi o marco para os bandeirantes que deram início ao povoado do Vale do Tripuí, passando a Vila Rica, hoje Ouro Preto.


Diversas bandeiras procuraram o pico do Itacolomi, avidamente sem conseguir, mas no amanhecer de 24 de junho de 1698, os componentes de uma expedição, viram o Itacolomi, nitidamente desenhado contra o céu, ele surgiu no outro lado do vale, neste momento disse o historiador Diogo de Vasconcelos, “que realmente se fixou a era cristã das Minas Gerais”.


Pico do Itacolomi - Marco importantíssimo da nossa História principalmente da história de Ouro Preto.


Parque Estadual do Itacolomi


O Parque Estadual do Itacolomi, localizado nos municípios de Mariana e Ouro Preto, na região sudeste de Minas Gerais, a 100 quilômetros da Capital. Foi criado em 14 de junho de 1967, pela Lei nº 4.495 (.pdf - 46Kb).

A unidade de conservação abriga o Pico do Itacolomi. Com 1.772 metros de altitude, era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real que o chamava de “Farol dos Bandeirantes”. A palavra Itacolomi vem da língua tupi e significa “pedra menina”. Os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”.

Patrimônio Natural

O Parque possui uma área de 7.543 hectares de matas onde predominam as quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Nas partes mais elevadas, aparecem os campos de altitude com afloramentos rochosos, onde se destacam as gramíneas e canelas de emas. Abriga muitas nascentes, escondidas nas matas, que deságuam, em sua maioria, no rio Gualaxo do Sul, afluente do rio Doce. Os mais importantes são os córregos do Manso, dos Prazeres, Domingos e do Benedito, o rio Acima e o ribeirão Belchior.

Diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção podem ser encontrados na unidade de conservação, como o lobo-guará, a ave-pavó, a onça-parda e o andorinhão de coleira (ave migratória). Também podem ser vistas espécies de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos-mouriscos. Levantamentos identificaram mais de 200 espécies de aves, como jacus, siriemas e beija-flores.

História para contar


Pelo Parque Estadual do Itacolomi e por Ouro Preto passaram as expedições em busca do ouro das Gerais. O patrimônio está preservado, dando ao visitante uma real visão da paisagem contemplada pelos antigos viajantes destes caminhos.

No final do século XVIII, na busca por riquezas, o bandeirante paulista, Antônio Dias, avistou o Pico do Itacolomi, que serviu como ponto de referência, para que outras expedições chegassem ao local com facilidade.


No Parque, a Fazenda São José do Manso é um exemplar da arquitetura colonial deixado pelos bandeirantes em Minas. A Fazenda é tombada pelo IEPHA. Restaurada, a antiga sede da fazenda, a Casa do Bandeirista, é o Centro de Visitantes do Parque foi construída entre 1706 e 1708 e é uma das três amostras da arquitetura paulista em Minas Gerais, considerada por especialistas o primeiro prédio público do Estado, pois servia para cobrança de impostos e vigilância das minas. Foi tombada em 1998.

A Fazenda do Manso foi um pólo produtor de chá na primeira metade do século XX. O Museu do Chá abriga o maquinário alemão usado no beneficiamento do chá colhido nas lavouras da fazenda.

Outra atração é a Capela de São José que possui uma Via-Sacra diferente, feita por artistas plásticas ouro-pretanas que utilizaram materiais colhidos na natureza para sua confecção. Também merecem destaque a Fazenda do Cibrão e as ruínas da Casa de Pedra. A Chácara dos Cintra é outra atração com suas ruínas e um grande portal em pedra sabão.

Infra-estrutura

A sede administrativa do Parque fica na fazenda São José do Manso, local que abrigou, na década de 1930, uma fábrica de chá. Hoje, o Parque possui uma completa infra-estrutura para atender visitantes e pesquisadores com Centro de Visitantes, biblioteca, alojamentos para pesquisadores e funcionários. Algumas das edificações do Parque passaram por recente reforma e novas instalações melhoraram ainda mais a infra-estrutura de apoio a visitantes e pesquisadores. As obras foram realizadas com recursos do Projeto de Proteção da Mata Atlântica de Minas Gerais (Promata/MG).

Visitação:

A visitação é aberta de terça-feira a domingo de 8h00 as 17h00. O Parque dispõe de Centro de Visitantes, Museu do Chá e Casa Bandeirista, além de trilhas interpretativas e atrativos naturais.

As visitas guiadas ao Pico do Itacolomi devem ser agendadas junto à administração. A área de camping, conta com estrutura de apoio, inclusive restaurante, devendo ser agendada a permanência no camping, pois o número de barracas é limitado.

Horário de funcionamento: 08:00 às 17:00h (terça-feira a domingo e feriados)

Telefone: Fixo: (31) 3551-6193

Email: peitacolomi@meioambiente.mg.gov.br

Como chegar:

O acesso fica entre os municípios de Ouro Preto e Mariana. A partir de Ouro Preto, segue-se a BR-356 até o entroncamento com a MG-262, em direção ao parque. Outra opção é seguir, a partir do sul da cidade, a Rua Pandiá Calógeras, atravessar a estrada e seguir as trilhas sinalizadas.


Distância de Belo Horizonte: 110 km

 Fotografia de Ouro Preto por  Ronald  Péret

Foto: imagem em alta resolução, podem levar/copiar/compartilhar/imprimir só creditar para a fotografia para Ronald Péret @ronaldperet